Em Portugal, os adultos com idades entre os 16 e os 65 anos obtiveram, em média, 235 pontos na literacia (abaixo da média da OCDE), 238 pontos na numeracia (abaixo da média da OCDE) e 233 pontos na resolução adaptativa de problemas (abaixo da média da OCDE) (Figura 1).
Na literacia, 42% dos adultos obtiveram pontuação no Nível 1 ou abaixo (média da OCDE: 26%), o que significa que têm baixa proficiência neste domínio. Os adultos situados no Nível 1 compreendem textos curtos e listas organizadas, quando a informação está claramente indicada, conseguem encontrar informação específica e identificar ligações relevantes. As pessoas adultas situadas abaixo do Nível 1 conseguem, no máximo, compreender frases curtas e simples. No outro extremo da escala, 4% dos adultos obtiveram resultados de Nível 4 ou 5 em literacia e apresentam um elevado desempenho (média da OCDE: 12%). Estes adultos são capazes de compreender e avaliar textos longos e densos de várias páginas, entender significados complexos ou ocultos e utilizar conhecimentos prévios para compreender textos e realizar tarefas (ver Quadro 2.4, no Capítulo 2, para uma descrição daquilo que os adultos podem fazer em cada nível de proficiência em literacia e a Figura 2 para a proporção de adultos em cada nível).
Em numeracia, 40% dos adultos obtiveram resultados iguais ou inferiores ao Nível 1 de proficiência (média da OCDE: 25%). No Nível 1, as pessoas adultas são capazes de fazer cálculos básicos com números inteiros ou dinheiro, compreender o significado das casas decimais e encontrar trechos de informação em tabelas ou gráficos, mas podem ter dificuldades em tarefas que exijam várias etapas (por exemplo, calcular uma proporção). As pessoas abaixo do Nível 1 conseguem adicionar e subtrair números pequenos. Os adultos que se encontram nos Níveis 4 ou 5 são os que apresentam melhores resultados (7% em Portugal, 14%, em média, nos países e economias da OCDE). Nesses níveis, os adultos conseguem calcular e compreender taxas e rácios, interpretar gráficos complexos e avaliar criticamente argumentos baseados em informação estatística (ver Quadro 2.5, no Capítulo 2, para uma descrição daquilo que os adultos podem fazer em cada nível de proficiência em numeracia e a Figura 2 para a proporção de adultos em cada nível).
Na resolução de problemas, 42% dos adultos obtiveram resultados iguais ou inferiores ao Nível 1 de proficiência (média da OCDE: 29%). Os adultos no Nível 1 conseguem resolver problemas simples com poucas variáveis e pouca informação acessória e que não se alteram à medida que se avança para a solução. Têm dificuldade em resolver problemas com várias etapas ou que exijam a monitorização de múltiplas variáveis. Os adultos abaixo do Nível 1 compreendem, no máximo, problemas muito simples, normalmente resolvidos numa única etapa. Cerca de 2% dos adultos obtiveram uma pontuação de Nível 4 (média da OCDE: 5%). Têm uma compreensão mais profunda dos problemas e podem adaptar-se a mudanças inesperadas, mesmo que estas exijam uma reavaliação significativa do problema (ver Quadro 2.6, no Capítulo 2, para uma descrição daquilo que os adultos podem fazer em cada nível de proficiência na resolução adaptativa de problemas e a Figura 2 para a proporção de adultos em cada nível).
Quando se consideram os três domínios em conjunto, 30% dos adultos em Portugal obtiveram pontuações nos dois níveis mais baixos das escalas de proficiência (média da OCDE: 18%) (Tabela A.2.3).